"Pano-da-Costa: Arte afro-brasileira de tercer" SETEMBRO/2018

Portuguese, Brazil

“Pano da Costa: Arte Afro-brasileira de tecer” é um projeto desenvolvido no terreiro Ilê Axé Iboro Odé, no bairro do São Gonçalo,  Cabula, sob a coordenação do líder religioso Dimas Santos. A atividade propõe incentivar a técnica da tecelagem feita em tear manual, prática artesanal milenar, desenvolver o potencial artístico e resgatar um artesanato ancestral da cultura afro-brasileira. A natureza do projeto teve como foco principal a formação de novos tecelões na produção do Pano da Costa em tear manual.  

O projeto “Pano da Costa: Arte Afrobrasileira de Tecer” foi destinado a socializar o domínio da técnica da produção artesanal do Pano da Costa, em tear manual, para jovens e adultos das comunidades dos bairros do Cabula, Engomadeira e Beiru, em Salvador (BA), com idade entre 15 e 45 anos, visando a geração de trabalho e renda, bem como o desenvolvimento profissional e o resgate da cultura ancestral afrodescendente. O projeto foi patrocinado pelo Fundo de Cultura da Bahia, Setorial de Economia Criativa 2016 – 16/2016.

"Da-Costa” foram muitos os produtos trazidos para o Brasil, Refere-se à costa africana, mais precisamente a ocidental. Costa, portanto, que significa espaço geográfico, econômico, social e cultural africano.

O pano-da-costa se destaca como objeto-emblema feminino de indumentárias rituais religiosas. O tecido é definitivamente integrado à tão celebrada roupa de baiana, de brasileiríssima criação. Significa a presença e distintivo do posicionamento feminino nas comunidades religiosas afro-brasileiras. O pano-da-Costa não é apenas um complemento da indumentária da baiana; é a marca do sentido social e religioso nas ações da mulher como iniciada, dirigente dos terreiros ou exercendo atividades econômicas.

Peça indispensável no traje da sacerdotisa, o pano-da-costa significa status social nas comunidades religiosas dos terreiros de candomblé. A comunidade-terreiro do Ilê Axé Iboro Odé, situado em São Gonçalo do Cabula, conserva e mantém a técnica de fabrico do pano-da-costa, cujo o expoente foi Mestre Abdias (descendente de africanos, falecido na década de 1980).

 

Aluna manipulando o Tear.

 

 

o líder religioso Dimas Santos

 

 

Imagem Ilustrativa: 
Ano: 
2018